segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Feliz Dia das Bruxas

A crença em Deus pode resultar em duas maneiras distintas de influência no comportamento, segundo estudo americano

Ser lembrado do conceito de Deus pode diminuir a motivação das pessoas para perseguir seus objetivos pessoais, mas pode também ajudá-las a resistir as 'tentações' (comportamentos disfuncionais), de acordo com estudo publicado no site da Associação Americana de Psicologia.
"Cerca de 90% das pessoas no mundo concordam que existe um Deus ou um poder espiritual semelhante", disse o principal autor do estudo, Kristin Laurin, PhD, da Universidade de Waterloo no Canadá. “Está é a primeira evidência empírica de que o simples ato de lembrar-se de Deus pode diminuir alguns tipos de auto-regulações, como a realização de objetivos e pode melhorar outras, como resistir as 'tentações'".
A pesquisa foi realizada em 353 estudantes universitários dos quais 186 eram mulheres, com idade média de 19 anos, no qual todos participantes realizaram 6 experimentos para tentar determinar a influência da idéia de Deus na motivação das pessoas, mesmo entre aqueles participantes que não eram religiosos.
Em um dos experimentos mais significantes, os participantes foram convidados a formar frases gramaticalmente corretas usando um grupo de palavras; para alguns estudantes foram fornecidas palavras como Deus e palavras relacionadas (divino, sagrado, espírito), enquanto isso outros participantes receberam grupos de palavras neutras (mesa, pista, caixa). Em seguida, cada aluno teve de formar quantas frases lógicas pudessem ser feitas no período de cinco minutos.
Os Pesquisadores determinaram o nível de motivação dos alunos pelo número de frases produzidas e pela qualidade delas, antes de entregarem o grupo de palavras para cada aluno foi informado que um bom desempenho naquele teste evidenciava um bom sucesso na carreira.
Várias semanas antes desta experiência, os estudantes tinham sido perguntados se eles acreditavam que fatores externos (outras pessoas, seres, forças além de seu controle) tinham influência em suas carreiras. Entre os participantes que disseram que fatores externos, como Deus podem influenciar o seu sucesso na carreira, foram aqueles relacionados com o pior desempenho no teste, comparado com aqueles que não consideravam ou acreditavam nesses fatores.
Um segundo conjunto de experimentos olhou para a habilidade dos participantes para resistir a uma 'tentação' depois de ser lembrado sobre Deus. Em um estudo, sobre a qualidade da alimentação dos participantes, aqueles que em um teste precisavam se alimentar, quando eram lembrados de passagens de livros sagrados sobre a alimentação e a solidariedade, comiam menos que os participantes que não eram lembrados a respeito.
Os participantes que leram uma curta passagem da bíblia relataram maior vontade de resistir às tentações para atingir um objetivo importante, como manter um peso saudável, encontrar uma relação de longo prazo ou de ter uma carreira de sucesso.
Este efeito foi encontrado apenas entre os participantes que haviam dito anteriormente que eles acreditam que uma entidade onisciente agia sobre eles e os repreendiam quando se comportassem de forma irregular.
O nível de devoção dos participantes religiosos não teve impacto sobre os resultados em qualquer um dos experimentos, de acordo com os pesquisadores.

Experiências negativas com os pais contribuem para o comportamento agressivo infantil, sugere estudo

Um estudo de longo prazo sugere que crianças do jardim-de-infância que apresentam comportamento agressivo, desafiador e explosivo, tiveram uma relação tumultuada e com muitas experiências negativas com suas mães desde o nascimento. O estudo foi publicado na Revista de Desenvolvimento Infantil ( Journal Child Development).
Os pesquisadores da Universidade de Minnesota estudaram mais de 260 mães e seus respectivos filhos, acompanhado-os desde o nascimento até a 1º série escolar. Eles avaliaram as crianças e bebês que apresentavam temperamentos difíceis e explosivos, através de observações e relatórios feitos com os pais.
Quando as crianças completaram 2 anos e meio até 3 anos de idade, os pesquisadores observaram a relação entre mães e filhos e desafiaram aos dois realizarem tarefas, em que ajuda da mãe era necessária. Finalmente quando as crianças entraram no jardim-de-infância até a 1º série, os estudiosos pesquisaram com professores e pais a taxa de problemas relacionados ao comportamento.
"Antes do estudo, nós pensávamos que era provável que a combinação de temperamento difícil e experiências negativas com os pais, eram o que colocavam a relação pais-filhos em maior risco de conflito na idade escolar", de acordo com o autor do estudo, Michael F.Lorber, pesquisador da Universidade de Nova York. “No entanto, nossas mais recentes descobertas sugerem que é a experiência negativa na primeira infância é o que mais importa para o desenvolvimento conflituoso entre pais-filhos".
O estudo chamou de "experiências negativas" o modo como os pais expressam suas emoções negativas em relação ao filho, o modo grosseiro como certos pais manuseiam a criança, a forma de punitiva de ensinar certos comportamentos e assim por diante.
Os conflitos quando não solucionados tendem a progredirem, resultando em problemas de conduta das crianças nas escolas, como a agressão a outras crianças, repetindo o padrão cíclico, que causa mais hostilidade dos pais em relação a criança devido suas condutas.
Os investigadores acreditam que as descobertas do estudo podem ajudar no desenvolvimento de intervenções apropriadas para atingir as experiências negativas e na resolução de conflitos na infância entre pais e filhos, prevenindo assim problemas de conduta na adolescência e idade adulta.

Estudo recente investiga os principais desafios de amigos e parentes de pessoas que pensam em cometer suicídio e que forma poderia prevenir o ato suicida

Estudo recente investiga os principais desafios de amigos e parentes de pessoas que pensam em cometer suicídio e que forma poderia prevenir o ato suicida.


Uma pesquisa recentemente publicada investiga os principais desafios de familiares, amigos e profissionais de pessoas que pensam em cometer suicídio, para tentarem julgar se uma pessoa está realmente em perigo de suicidar-se e como agir frente a essa situação.
A pesquisa foi realizada pelo Dr. Owens Christabel do Colégio Península de Medicina e Odontologia, apoiado pela Clínica Devon Partnership e financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido. Sendo que os resultados foram publicados em 22 de outubro de 2011, na Revista Médica Britânica.
Pesquisadores investigaram 14 casos de suicídios com idades entre 18-34 anos, em Londres e no País de Gales do Sul, sendo que em nenhum dos casos estava recebendo cuidados especializados em saúde mental. Os pesquisadores pediram aos parentes e amigos das pessoas falecidas que testemunhasse sobre o período anterior ao suicídio, e como posteriormente interpretaram o que viram. Ao todo, 31 leigos informantes (pais, companheiros, irmãos, amigos) participaram do estudo.
Os resultados da pesquisa demonstram que parentes e amigos nem sempre recebiam sinais claros de aviso do indivíduo que cometeria suicídio, e que mesmo quando o aviso era óbvio que algo estava seriamente errado, os familiares e amigos não conseguiam ter coragem para tomar medidas.
Familiares e amigos daqueles que tem ideações suicidas são confrontados por grandes bloqueios emocionais, especialmente o medo. Eles sentem o medo de intrometer na vida emocional do indivíduo e danificar a relação por "dizer a coisa errada". Toda essa situação é emocionalmente carregada e afeta a maneira como cada pessoa responde.
Ao contrário de doenças como acidente vascular cerebral (AVC), onde as campanhas nacionais de sensibilização têm sido construídas em tornos de sinais óbvios ao procurar, este estudo enfatiza o caráter obscuro e difícil da detecção de um possível suicídio. As famílias não sabem como agir, não havendo um "se você ver isso, faça assim" mesmo a literatura sugerindo alguns sinais mais comuns para suicídio.
Disse o Dr. Owens: "Mesmo médicos com formação de muitos anos de experiência acham que é muito difícil avaliar se uma pessoa está em risco iminente de suicídio. Os membros da família e amigos se encontram em um território desconhecido, sem formação e informação ao público. Na maioria dos casos eles podem saber que um parente ou amigo está com problemas, mas não têm absolutamente nenhuma idéia de que o suicídio é uma possibilidade. A pessoa pode dar dicas muito indiretas, possivelmente quando desinibido pelo álcool, que eles estão pensando em suicidarem, mas é difícil para os outros saberem como levar a sério essas mensagens e como responder a elas”.
A pesquisa também aponta que existe uma grande dor emocional e psicológica nos sujeitos que tem ideações suicidas, sendo que o ato de procurar ajuda de um profissional confessando seus sentimentos exige muita coragem e muitas vezes é um último recurso a ser buscado. Disse ainda o autor do estudo "É triste que, no decorrer de nossa pesquisa, temos repetidamente se deparar com exemplos de pessoas que se fizeram ir ao seu médico e receberam uma avaliação de risco superficial, enviados para casa com pouco ou nenhum apoio e, posteriormente, se mataram. Em outros casos, um parente tenha tomado as suas preocupações para um profissional e pediu conselhos, e foi dito que o caso não poderia ser discutido com eles por razões de confidencialidade do paciente".
Tendo identificado os desafios que a família e os amigos dos suicidas, os autores deste estudo, em parceria com organizações oficiais e voluntários, trabalham no desenvolvimento de soluções.
Disse o Dr. Owens: "Há algumas habilidades de prevenção de suicídio cursos de formação disponíveis, mas eles não são ideais para os membros do público em geral, e não sabemos como obtê-los para as pessoas que precisam deles. Nós ainda precisamos identificar as mensagens-chave que temos de passar para as pessoas, e trabalhar como podemos entregá-las a parentes e amigos daqueles que estão em risco de suicídio”.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011